Zephyranthes candida (Lindl.) Herb.

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Análises polínicas evidenciaram afinidades entre Z. candida e algumas representantes do gênero Habranthus. Padrões polínicos semelhantes foram também relatados em Z. carinata e Z. alba (Alves-Araujo et al., 2007). Anormalidades meióticas verificadas em estudo sobre a diversidade citogenética da família Amaryllidaceae, algumas espécies de Zephyranthes, como Z. candida, são suspeitas de influenciarem no fenótipo da espécie, podendo estar ligados a grande variedade morfológica apresentada (Thoibi-Devi; Borua,1996 apud Oliveira, 2006).

Potêncial valor econômico

​A espécie possui alto valor no mercado de plantas ornamentais (Dutilh, com. pess.).

Dados populacionais

A espécie é considerada por Dutilh (com. pess.) muito rara e difícil de ser encontrada na natureza. Possui populações esparsas em sua área de ocorrência (Dutilh, com. pess.). Com base nos registros de coleta disponíveis (CNCFlora, 2011) e em informações passadas por Dutilh (com. pess.), a espécie possui ao menos quatro populações distintas (duas na divisa de São Paulo e Paraná, uma no Estado de Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul). A espécie apresenta tempo de geração de cerca de dois anos, conforme estimado para plantas herbáceas pelo CNCFlora (2011). Muitas subpopulações sumiram pelo excessivo extrativismo, configurando uma redução populacional real (Dutilh, com. pess.).

Distribuição

A espécie não é endêmica do Brasil. Aqui, ocorre nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Dutilh; Oliveira, 2012). Scaramuza (2006) indica sua ocorrência nos Estados da região Sul do Brasil, sendo o Limite Norte de distribuição do táxon o Estado de São Paulo. Alves-Araujo et al., (2007) indicam a ocorrência desta espécie no Nordeste do Brasil, fato não corroborado por Dutilh (com. pess.).

Ecologia

Planta herbácea, ocorrendo em regiões campestres (p. ex. Campos de Itararé, SP) associadas aos domínios fitogeográficos Mata Atlântica e Pampa (Campos Sulinos) (Scaramuza, 2006; Dutilh; Oliveira, 2012). Arroyo (1981) apud Oliveira (2006) indica que Z. candida é uma das poucas espécies estudadas pela autora que não perde as folhas (perenifólia).

Ameaças

1.1 Agriculture
Severidade high
Detalhes Os campos tem sido convertidos em áreas propícias para estabelecimento de culturas agrícolas (Narbinger et al., 2000; Pillar, 2003; Pillar, 2006).

1.1.2 Wood plantation
Incidência national
Severidade high
Detalhes O aumento de reflorestamentos homogêneos com Pinus e Eucalyptus representa uma séria ameaça aos campos, uma vez que estes são convertidos para dar lugar a extensas formações florestais composta por espécie exóticas (Narbinger et al., 2000; Pillar, 2003; Pillar, 2006).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência national
Severidade high
Detalhes Uma crescente ameaça aos campos nativos é a incidência de espécies exóticas de alto poder competitivo, como o capim anonni - Eragrostis plana Nees, que subjugam a flora nativa destes ambientes (Narbinger et al., 2000; Pillar, 2003; Pillar, 2006).

1.3.4 Non-woody vegetation collection
Incidência national
Severidade high
Detalhes Dutlh (com. pess.) afirma que a espécie foi retirada da natureza para fins ornamentais e jardinagem até a beira da extinção, sendo muito raras em seu habitat natural hoje em dia.

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da InstruçãoNormativa nº6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto,considerada "Deficiente de dados" (DD). Foi considerada "Vulnerável" (VU)em avaliação de risco deextinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Foi considerada "Extinta" (EW) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado de São Paulo (SMA-SP, 2004).

5.1 Re-introductions
Situação: needed
Observações: As subpopulações de Z. candida foram quase totalmente dizimadas na natureza (Dutilh, com. pess.). Ações de reintrodução deste táxon na natureza se fazem necessárias, a fim de se recuperar as subpopulações naturais desta espécie.

3.2 Population numbers and range
Situação: needed
Observações: Há incongruências em relação a distribuição da espécie (Alves-Araujo et al., 2007; Dutilh; Oliveira, 2012) e carência de dados populacionais quantitativos.

4.4 Protected areas
Situação: needed
Observações: De acordo com os registros de herbário disponíveis (CNCFlora, 2011), a espécie não ocorre dentro dos limites de nenhuma Unidade de Conservação.

Usos